Minhas três palmeiras
"Não vou falar de algo do meu presente cotidiano. Desculpe. Permita-me voltar há um tempinho atrás e falar das três super palmeiras mais lindas que poderão jamais existir neste mundo novamente. Coisas assim, nem poderia. Morava num prédio pintado em uma perfeita combinação de salmão, cinza e branco, com feixes verdes e, em sua entrada, num espaço só para elas, estavam as minhas palmeiras que eu jurava poder tocar, se esticasse sutilmente meu corpo na janela da sala de visita do nono andar.
Seus troncos marrom claro, altos, bem altos e esbeltos, faziam do bairro mais bonito e único, junto com suas salientes folhas verdes formatando no chão sua sombra simetricamente perfeita. Se passasse na rua do shopping, atrás do prédio, já era possível avistá-las e sentir o saboroso prazer de como é bom viver. Adorava ficar minutos ali, avistando-as de cima em sintonia com o azul cintilante da piscina. Era lindo. Olhar para elas era amor, paixão, amizade... Menos traição ou apenas "conhecido". Era uma voz dizendo para viver a vida. Era energia positiva. Uma redação descritiva. Opa. Desculpe. É que de lembrá-las já me provoca isso. Vontade de escrever as mais belas poesias. Ah, saudade. Muita. Mas não me desespero (não sempre), pois eu sei que vamos nos reencontrar. Ah, eu sei bem. E quando acontecer, vou abraçá-las tão forte que tenho até medo de quebrar algumas de suas seivas. Será perdoável, afinal meu amor não tem fronteiras...
Vamos ficar ali, felizes de estarmos respirando o mesmo ar enquanto o sol se põe, as estrelas começam a brilhar e a lua, a se mostrar. É hora de entrar... Desejarei a morte do que termos de nos separar, mais uma vez. Mas é só por uma noite, ao nascer do dia estaremos nós quatro ali de novo, juntinhas. Incrível como conseguem me fazer querer esperar quão tempo for para apenas um momento. Mas um momento inesquecível, que faz compensar totalmente o tempo perdido."
Morgana Thomé & Sammy Iglesias
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