sábado, 20 de setembro de 2014

Cartas de Amor aos Mortos

   
    Cartas de Amor aos Mortos é simplesmente maravilhoso. Como o próprio nome diz, Laurel, uma garota que acaba de entrar no Ensino Médio, começa a escrever cartas a pessoas que já partiram, desde quando a Sra. Buster, sua professora de inglês, dá isso como uma tarefa - ainda que não tivesse entregado a ela, pois gostou da ideia de conversar com alguém (ainda que assim) e era algo muito pessoal, como se fosse um diário contado em formato diferente (como uma forma de desabafar), porque a partir delas conhecemos mais sobre a vida de Laurel no passado e no presente. 
    Sem spoiler nem nada, posso dizer a vocês que Laurel perdeu a irmã, May, de uma forma muito trágica, gente. Nossa, eu não me conformo. E desde então seu mundo desaba, sua mãe muda de cidade e ainda tem que aprender a conviver, logo, com seu pai e sua tia Amy - que é muito religiosa -, cada semana na casa de um. O que é meio triste, óbvio, ainda mais sem sua irmã. Laurel sofre um vazio imenso dentro de si e isso a persegue nos silêncios que rondam pela casa com tudo o que aconteceu. 
    No início, Laurel tenta e quer ser igual sua irmã, pois a admirava muito. Nós, leitores, até formamos uma imagem muito positiva de May, como se fosse a pessoa mais perfeita do mundo, entende? Mas não era... E Laurel precisa descobrir isso para tentar encontrar a si mesma e o seu caminho, numa jornada difícil. 
     Nos primeiros dias de aula, numa escola diferente da que estudava no ano passado com May (não queria ter que dar respostas que ela mesma nem sabia para as pessoas que conheceram e souberam do ocorrido, nem aguentar os olhares de pena que surgiriam. Ela precisava mudar sem ter que dar satisfação do passado dela, acho que como uma forma de superação e recomeço), não havia feito amizade com ninguém ainda. Mas já havia se interessado por um certo garoto... Sky. Tinha um estilo meio misterioso e (parando por aqui), teve um papel importante para Laurel, mesmo que às vezes eu ficasse brava com ele. Mas continuava sendo fofo, ele também havia seus motivos. 
    E então, finalmente conseguiu fazer amizades: Natalie e Hannah, Kristen e Tristan. Laurel achava que May iria gostar deles. Eram divertidos, às vezes meio doidões, mas de um jeito legal. Com problemas que, assim como Laurel, terão que aprender a enfrentar. 
     Bom, o formato da escrita é diferente: Em vez de capítulos, tem-se cartas. A autora nos envolveu de um jeito que até você, leitor, sentisse, junto com Laurel, saudades de May. Queria poder tê-la conhecido também. Em cada carta tem alguma lição que serve para ficar refletindo, ainda falando um pouco sobre a vida da pessoa falecida sobre quem Laurel escreve, o que é interessante. Há poema, música... Adorei a parte em que eles tocaram Sweet Child O' Mine 
     Enfim, pessoas. Recomendo esse livro para todos, leiam! Vale a pena. E não esqueçam de me contar o que acharam. (Para aqueles que não curtem livros tristes, bom, eu não diria que esse livro é triste... É apenas tocante).

    "(...) Talvez ao contar as histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser uma personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora."


Beijos,
Sammy Iglesias

(Deixo vocês com um recadinho superfofo da autora):

                     

Nenhum comentário:

Postar um comentário